sexta-feira, 13 de abril de 2012

SAMDPRED RENOVA DIRETORIA

No último dia 04 de abril foi realizada a assembleia geral extraordinária da Sociedade Artística Musical Des. Pedro Regnoberto Duarte – SAMDPRED, Entidade mantenedora da Banda de Música Batutas do Rosário, PONTO DE CULTURA, único Ponto de Cultura de Barbalha. Nessa ocasião foram renovados a sua diretoria executiva, bem como, conselho fiscal. A nova gestão hora empossada vai traçar os rumos da entidade nos próximos 2 anos tem a frente a Musicista Edna Pinheiro, saxofonista e sub maestro dos Batutas do Rosário. Ciente do dever comprido Saulo Gomes, presidente que deixa o cargo, comemora o show de democracia que está sendo dado pela SAMDPRED, pois segundo ele poucas Entidades realizam eleição para renovação dos seus órgão administrativos, ou por vezes realizam eleições que nunca muda o Presidente. Destaca também a renovação de ideias que vem de novos nomes que dão outro gás a administração da Entidade. Saulo também destaca a grande colaboração que teve do povo generoso de nossa cidade que sempre viu um trabalho bonito e digno de ajuda o que fez a SAMDPRED galgar vários degraus que engrandeceram os trabalhos e atividades da Entidade. “Na nossa gestão tivemos a implantação de atividades estatutárias que antes estavam somente no papel e hoje é realidade e tem grande destaque em nossa comunidade que é o bairro do rosário...” Saulo Gomes afirma ainda dentro dessas atividades podem ser destacados o grupo de Flautas, a Banda de Música Batutas do Rosário e Orquestra de Frevo Frevioca dos Batutas ambas reconhecida não só em nossa cidade mais também em todo o Estado do Ceará e até em estados vizinhos. “Por fim na nossa gestão a entidade foi reconhecida como PONTO DE CULTURA, e foi nesse momento que saltamos de uma entidade modesta e sem muita perspectiva, para uma entidade, grandiosa nas suas atividades e estrutura abrindo assim espaço para darmos chance a crianças e adolescentes que não tem oportunidade de fazer um curso de música, além de nesses três anos de Ponto de Cultura, termos gerado emprego e renda pra nossa Cidade, valorizando professores e artistas que participaram dos Cursos e oficinas”. Com a renovação da Entidade os novos membros empossados são: Presidente, Edna Pinheiro; Vice Presidente, Diego da Cruz Souza; secretário, Antonio Reniel Correia de Sousa; Tesoureiro, Francisco Rosio Feitosa; Diretor de Patrimônio, José Roberto de Menezes; Diretor de Cultura, Cícero Romão Souza Silva. Conselho Fiscal: Josué Reinaldo da Silva, Ivanilson de Souza Silva e Jefferson Ronaldo Pereira Queiroz. Suplentes: Jaymisson Alves Dias e Rennê Hudsson Alves de Souza.

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PATATIVA DO ASSARÉ




Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré


( Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino )

1909 - 2002

Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino nascido em Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município e a três léguas da cidade de Assaré, no Sul do Ceará, um dos maiores poetas populares do Brasil, retratista do árido universo da caatinga nordestina cuja obra foi registrada em folhetos de cordel, discos e livros. Foi o segundo filho do modesto casal de agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Perdeu a vista direita, no período da dentição (1913), em conseqüência de uma moléstia vulgarmente conhecida por Dor-d'olhos. Aos oito anos, ficou órfão de pai e teve que trabalhar ao lado de meu irmão mais velho, para sustentar os mais novos. Aos doze anos, freqüentou durante quatro meses sua primeira e única escola, onde, sem interromper o trabalho de agricultor e quase como um autodidadata, aprendeu a ler e escrever e se tornou apaixonado pela poesia. De treze para quatorze anos começou a fazer seus primeiros versinhos que serviam de graça para os vizinhos e conhecidos, pois o sentido de tais versos eram brincadeiras de noite de São João, testamentos do Judas, gozação aos preguiçosos etc. Com 16 anos de idade, comprou uma viola e começou a cantar de improviso. Aos 20 anos de idade viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande sucesso como cantador. De volta ao Ceará, regressou à Serra de Santana, onde continuou na mesma vida de pobre agricultor e cantador. Casou-se com uma parenta, D. Belinha, com quem se tornou pai de nove filhos. Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da gravação de Triste Partida (1964), toada de retirante de sua autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais e publicou Inspiração Nordestina (1956), Cantos de Patativa (1966). Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP Poemas e Canções (1979) uma produção do cantor e compositor cearense Fagner. Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP A Terra é Naturá, lançado também pela CBS. A política também foi tema da obra e de sua vida. Durante o regime militar, ele condenava os militares e chegou a ser perseguido. Participou da campanha das Diretas-Já (1984) e publicou o poema Inleição Direta 84. No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamava de amigo. Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas. Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida, seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel. Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar na agricultura, nunca passou um ano sem botar a sua roçazinha, a não ser no ano em que foi ao Pará. Quase sem audição e cego desde o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e meio de altura, morreu em sua casa, em Assaré, interior do Ceará, a 623 quilômetros da capital estadual Fortaleza, aos 93 anos, após falência múltipla dos órgãos em conseqüência de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na vesícula e de problemas renais, e foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal. Outros livros importantes de sua autoria foram Inspiração nordestina, Cantos de Patativa, Rio de Janeiro (1967), Cante lá que eu canto cá, Filosofia de um trovador nordestino, Editora Vozes, Petrópolis (1978), Ispinho e Fulô, SCD, Fortaleza (1988) e Balceiro, SCD, Fortaleza (1991), Aqui tem coisa, Multigraf/ Editora, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza (1994) e Cordéis, URCA, Universidade Regional do Cariri, Juazeiro do Norte. Sobre ele foram produzidos os filmes Patativa de Assaré, Um poeta camponês, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1979) e Patativa do Assaré, Um poeta do povo, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1984).



Fonte: www.netsaber.com.br/biografias